Golpe do Pix: como funciona e como se proteger

O Pix virou parte da vida dos brasileiros: rápido, gratuito e disponível 24 horas por dia. Mas, junto com essa facilidade, vieram também os golpes, que estão cada vez mais comuns.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, segundo levantamento do Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra mais de 4.600 tentativas de golpes financeiros por hora. Isso significa que, enquanto você lê este texto, milhares de pessoas estão sendo alvo de criminosos.

Como acontecem os golpes do Pix?

Os golpistas usam diferentes estratégias para enganar as vítimas. Alguns exemplos:

• Falso parente ou amigo no WhatsApp: alguém clona o número e pede dinheiro urgente.

• Promoções milagrosas: ofertas que parecem boas demais para serem verdade.

• Links e sites falsos: páginas que imitam bancos ou lojas para roubar seus dados.

• Falsas centrais de atendimento: ligações de supostos funcionários do banco pedindo senhas ou códigos.

• Golpistas se passando por advogados: criminosos entram em contato afirmando que há valores de um processo judicial para serem liberados, e pedem transferência via Pix para “custas” ou “taxas”.

⚠️ Atenção especial a este último caso: nenhum advogado sério pede dinheiro por Pix sem que o cliente tenha ciência e contato direto com o escritório. Se receber uma mensagem assim, sempre entre em contato com o número oficial do escritório de advocacia antes de fazer qualquer pagamento. Essa simples checagem pode evitar prejuízos significativos.

Fui vítima de um golpe, e agora?

1. Avise o seu banco imediatamente. Existe um recurso chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), que pode bloquear e até devolver o valor, se a fraude for confirmada.

2. Registre um boletim de ocorrência na polícia.

3. Guarde todas as provas: prints de conversas, links, e principalmente o comprovante do Pix.

4. Procure orientação jurídica. Muitas vezes é possível acionar a Justiça para tentar recuperar o valor e responsabilizar os envolvidos.

Como se proteger

• Desconfie de pressa ou pedidos de dinheiro de última hora.

• Sempre confira os dados antes de confirmar o Pix.

• Nunca clique em links suspeitos.

• Use autenticação em duas etapas no seu banco e nas redes sociais.

• No caso de supostos contatos de escritórios de advocacia, nunca confie em mensagens desconhecidas. Ligue ou envie mensagem para o número oficial do escritório para confirmar a informação.

Conclusão

O golpe do Pix já virou rotina no Brasil, mas você não precisa ficar desprotegido. Informação e rapidez são suas maiores aliadas. Se cair em um golpe, saiba que existem caminhos legais para buscar a devolução do valor e responsabilizar os golpistas.

Por isso, é fundamental que, diante de uma situação como essa, você procure imediatamente o seu advogado de confiança e confirme qualquer informação diretamente nos canais oficiais do escritório. Essa atitude pode fazer toda a diferença para proteger o seu patrimônio.